terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Foi aqui, senti a carne rasgar.
Surtiu todos os defeitos e o feito não se acaba.
Dentro se afoga mentiras mal colocados por nós. Bem sei, suas inverdades habitam espaços entre nós na mesma medida que as minhas.
No antes acreditei não surgir nunca mais dentro de outra, é claro, amei outra vez.
Rápido se fez meu sorriso no seu em momento que desabitei minhas convicções. Efêmeras essas.
Me fez menos ao se colocar a frente do meu olhar desprovido de certezas.
Sua língua, que tanto tocou meu sexo, sugou ódio e arremessou em nós. Quebrei.
Sutileza apagada dentro do que vivemos. Descarte de amantes.
Sujeito que submete seu eu por  dois, no fim,  deixa.
Eis eu que me convenço com pouco, caio aos prantos com seu negar, amoleço fácil na sua boca.
Meu abraço tem encaixe programado, seu colo abriga meu carinho.
Deixar quando não se aguentam as palavras ruins na garganta, quando os corpos se encaixam e em uma virada se repelem e descansam a sós.
Profunda dor. Rostos colados em desdém.
Sufoco meu sofrer para que o seu seja maior.
Suponho segurança dentro da trincheira de nós. O vaco sempre me coube bem.

Espero sua despedida.

E aqui sabemos o fim.

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