domingo, 1 de fevereiro de 2015

Introspecto, faço daqui o meu refúgio entre meu sono ferido e seu choro velado.
Um feixe interminável de incertezas construídas entre dois, presumo você. 
Suprimir o que me faltou, requer tranquilidade nesse corpo tão inquieto, na garganta por tantas vezes surrada. Eis que me dispondo a tudo, tive menos do que esperei. 
Pele rasgada. Inconstância de quem abriga tanta certeza mal fundamentada.
Sugou meu ventre, cuspiu meu sangue. Sofro, desacredito porque me fiz tola em outro colo.
Aqueço minha cama só, sonhos da madrugada já não mais serenos, peço pelo dia de descanso. Domingo sem enfeite. Balanço as pernas, aperto os olhos.
Cada entranha vivida, sufoco sem fim, me resta aqui e por nós não mais. Puxei fundo para que passasse bem, mas acabei sem desatar meus emaranhados.
Supus amor, traguei desprezo. Retomo para o ponto de confissão, da tarde sem luz, do violão fraco de fundo, tigela suja para duas. Me descompasso no abraço, me aperto contra mim. 

Desassossego.


O fim do fim.