Hoje vivi todo nervo do meu corpo, cada fragmento prolixo, quantos mais e quantos quais.
Universo que expande na abertura do olho, na gota da pupila, na velocidade das mãos.
Chama, clama por vida.
Chora por morte, mas suspende o riso real nos dias de sempre.
Hoje ouço, espero e suspiro fadigada, com fel e monotonia.
Deito e me sinto viva, me levanto e me sinto sem ou sigo e me sinto por menos.
Ouvidos impuros, rosto maltrapido, gestos bruscos, mas ainda sinto.
Distingo. Enxergo. Penso.
E é o princípio.