quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Olhar, através de si ou de ti.
Hoje vivi todo nervo do meu corpo, cada fragmento prolixo, quantos mais e quantos quais.
Universo que  expande na abertura do olho, na gota da pupila, na velocidade das mãos.
Chama, clama por vida.  
Chora por morte, mas suspende o riso real nos dias de sempre.
Hoje ouço, espero e suspiro fadigada, com fel e monotonia.  
Deito e me sinto viva, me levanto e me sinto sem ou sigo e me sinto por menos.
Ouvidos impuros, rosto maltrapido, gestos bruscos, mas ainda sinto. 
Distingo. Enxergo. Penso.
E é o princípio.
Por tanto eu segurava forte enquanto o seu corpo desabava em cima do meu
Por tudo, sorriamos entre pausas de silêncio, meu olho parado em cima do seu, sua mão calada na minha
Por quanto o sofá rasgado, luz fraca e eu, só eu só