domingo, 29 de maio de 2011

Reflexivo



Esse próprio eu, somente meu, que não saberiam extrair.
Descobre e se entende
Estimo acertar com os meus. Vasculho o que desvende. 
Ao fim, dentro, linhas sem ponto. Chegadas sem encontro.
O dia que encontrar, assim, enfim, cuidarei das próprias perdições.





domingo, 15 de maio de 2011

Natural existência


O colapso de um sistema, contudo todos dependem. Circulação, batimentos, os movimentos cessam porque precisam dele. Lapso em vida. Erro de uma era surrealista, intocável.
O belo de um simples, que ninguém enxerga. De um jogo de palavras que invadem e enganam. Mais do que sobra, do que realmente é.
Um sonho que tive, pedaços de fogo tocavam minhas mãos, em cubos, sussurros me pediam que atirasse contra o incerto. O bate pronto é mais fácil em um mundo entregue, em mãos que não constroem mais nada.
Os motivos ficam avulsos aqui, não conseguem levantar. O olho do mundo, é cego. O pedaço deles, é surdo. E a verdade, assim, permanece muda.
Tentei encontrar um motivo, um mapa que levasse onde nunca chegaram, sempre, desisto fácil, me torno repetitiva. É uma cópia de uma outra, que nunca foi a única. 
Criam um passado de acordo com o que querem, quem contou? Quem sabe? Tentam prever, achar uma continuação do presente imperfeito. Tão imperfeito, mas bem provável. A incerteza de nossa fiel natureza.
Continuo e tento fingir, arrancar as falsas possibilidades, a vida como é. E ela como é? Insuficiente tal para a descoberta.
Fico metade, entre o conjunto cheio e vazio, fico na espera do alcance.

domingo, 8 de maio de 2011

Dois em um




Olhar como te olho, admirar como admiro, sua calma, o amor que nos da, a força que tem. Me criou e aceitou minhas mudanças , porque apenas amor como esse é capaz.
A menina com tanta coragem, que agora mulher completa e mais forte, chegou ao caos, veio ao desconhecido, porque sabia que por nós era capaz. Por mim, meu irmão, por ele.  E mesmo vaga, em lembrança alguma, te vejo fraquejar ou desistir. Momento algum falhou, muito pelo contrário, soube como ninguém.
Apenas você sabe completar o vazio que repentino me toma, quando penso, olho o mundo ao meu redor e me decepciono, percebo que nada tem as cores da minha infância, lembro que ainda existe alguém aqui, que trilhou um caminho e permanece pura,  quando sorri e aperta os olhos, posso ver , quando toca minhas mãos e sentimos a nossa troca, entendo, permaneço e continuo. Porque por nós, você continua.
Não lhe desejo nada descartável, merece muito, mas não o muito diante os olhos dos vazios e superficiais.
Dizer, "amo você", é pequeno, o nosso é infinito. O quão feliz eu sou por te ter, é infindo. Nós somos.