
Aqui na cadeira,a janela aberta com o vento dessa noite fresca imagino um pouco de sonhos coloridos e dementes,mas místicos,tudo que sei.
Um balão amarelo legível com a palavra “shame”,voando em nuvens coloridas com passos fundos de um dia comum.Shame,poderia representar milhões de pedaços da sua mente,vergonha,pena,remorso.Qual destes é o que sente?Vergonha do mundo?Remorso pelas pessoas ou pena daqueles que não conseguem ser como nós?
Você,um pouco de mim,um pouco deles,com inaceitação do obscuro e perverso sob este ponto de vista,cheguei a concluir que grãos minúsculos de uma Terra gigantesca conseguem pensar e imaginar o mundo assim.
Escrevo hoje porque o colorido invadiu,não entendo de que maneira,mas por acaso,ou acaso algum.Talvez seja assim que funcione,observando e entendendo pontos opostos de visão,que desembocam no mesmo riacho,limpo,no meio da mata.
Acho graça quando penso em um olhar puro,convencido que consegue por algum motivo sólido mudar.Graça,porque acho pouco.
Desejo por onde começar,por onde ir e me guiar.Não posso me perder,nem nas sombras da realidade mascarada,nem sumir na poeira mal varrida de vibrações pouco iluminadas.
Não penso como robô,não vivo como tal,não desejo “status quo” e meras atitudes,pouco me importa um olhar de mundo que não é o olhar de um poeta,pouco importa para o que muito importa para o todo.