terça-feira, 30 de novembro de 2010



Silência um instante,interrompa suas alternativas justificáveis e escute a possível verdade.Sair do seu próprio mundo não é doloroso,viva em nosso.Creio que assim alcançará o ponto de equilibrio,no conjunto.

sábado, 27 de novembro de 2010

Minha natureza é mais que estampa.


Amanheceu na capital,a fumaça recobre meus pulmões,mas os filetes de luz que passam entre as frestas da janela,me fazem enxergar que o repugnante ainda tem sua beleza.Mas qual seria?
Levanto,num ciclo interminável me preparo para encarar o dia que segue há algum tempo,sendo que sinto-me cansada em um período de vida que é apenas o começo.Elevo meus pensamentos longe,tão distante que sinto minha visão embaçar:
“Ultimamente tenho vivido entre o real e o imaginário,partículas de dualidade,como o fel e o mel,trago  em mim aquilo que eu gostaria de ser e não o que sou,trago um mundo que eu gostaria de viver e não no qual vivo,transformo pessoas de acordo com minhas vontades,que são vontades coletivas.
Puxo,trago e solto a fumaça das minhas demências.Não creio que seja impossível,mas não pode funcionar de acordo com o que eu pretendo viver,talvez minha visão ande destorcida perante  padrões da maioria,não conseguir me encaixar num pensamento de  massa e questionar diariamente porque os seres humanos preferem viver se auto destruindo é algo que incomoda,a realidade é que eu gostaria simplesmente me calar e aceitar.Seria essa a verdade?Eu gostaria mesmo de manter-me conformada?
O homem costuma gabar-se por ser o único animal racional no planeta,mas aonde encontra-se tamanha racionalidade?”
Há algum tempo que tem acontecido esses diálogos,mas sigo em frente.Visto minhas roupas,fardos pesados de tipos traçados por outros,lanço sorrisos.Mas quero correr,encontrar o caminho adequado,onde pessoas não vivam em bolhas e sim em mares abertos.
Não crio verdades absolutas,mas para mim,fazem completo sentido.O raio caiu em minha cabeça,distorceu minha visão,pensei que estava enlouquecendo,mas genuinamente encontrei a verdade humana,dentro de mim,quando o mesmo cair em sua cabeça,vai notar quanto tempo foi perdido,repetindo os mesmos erros do resto da humanidade e perceberá que perdeu uma jornada inteira com objetivos descartáveis, por isso,eu espero que o raio caia logo na sua cabeça...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Damn' lie is a knife fixed in your back

Decreto nº 1 :Evolução mental em vinte e quatro horas,antes que visão,audição e cordas vocais de um terço da população esguiche inconformismo.
A verdade é que estou cansando-me de viver no século XXI,convivendo com pessoas que estagnaram há dois séculos atrás.Não querer mudar é uma estranheza para mim,dizer-se moderno,pensando como gerações anteriores,com a desculpa,muito mais que ultrapassada de estar mantendo a moral e tradição de antepassados,é imbecilidade extremista.Aliás,essa é a diferença,suas vidas caminham rumo a futilidade e imbecilidade.
“Encontro-me no lugar errado” é somente o que penso,ou devo estar bitolada,errada,insuportável e critica  desmedida,por não suportar esses tipos que estão me cercando.
Se tu tens o direito de julgar-me,tenho direito universal de mandar-te a puta que te pariu,meu querido?
Em pleno vento esfumaçado de uma  cidade que não é minha e não deveria ser de ninguém,vejo seres vestidos feito marionetes ,achando que são donos do nosso infinito,proprietários dos seres vivos e inanimados.Abro uma conversa interior,mas querendo emitir o maior tom agudo e elevado possível:” Caro cidadão padrão,típico materialista,exibicionista sabe o que deveria fazer com tuas palavras?Mastigar,vomitar e enfia-las em sua própria cabeça,essa onde há somente casco,sem miolo,sem recheio.”

terça-feira, 2 de novembro de 2010

No giz do gesto o jeito pronto.

Não era no coração,era na barriga...penetrava em sua boca,sentia coçar até chegar no estômago,formigando,um ardor que fazia a mente trabalhar,esvaziando-se,aproximando-se mais dela,a pupila dilatava dirigindo-se a apenas um detalhe.O olhar não escondia-se mais,a maneira que se cruzavam nos corredores não negava o quão se atraiam..Não eram íntimos,nesta época,viviam de acasos.
As imagens misturavam-se,tudo permanecia embaralhado naqueles momentos que havia um tanto de calafrios nas pontas dos dedos como se houvesse algo que queriam liberar há séculos,a mão chegava se inquietar quando pensavam no quão perto estavam.
Não  imaginou-se em uma situação como aquela,era demais entender por que o seu rosto rubrico não conseguia encarar a verdade.O calor que sentia lhe percorrendo o corpo era intenso tão quanto a dor de um parto.
Sentou-se na varanda do décimo segundo andar e sentiu o vento que tanto pediu,passou entre os braços e seu cabelo,o mesmo trouxe o perfume ainda no seu corpo,respirou fundo e imaginou os lábios de quem estava desejando há tantos meses,tocando os seus,sua nuca,as mãos percorrendo o corpo,os gostos misturando-se.
Por meses fez com que aquilo se tornasse um sentimento deixado para o depois... decisão posterior,vai passar,se ajeitar,esquecer...Sinto lhes dizer,não passou.
No momento realizado,sentiu uma luz penetrando em seus olhos e um acalento enorme por ter finalmente feito,foi concretizado,aumentou,explodiu,beijou,tocou,arrastou para a cama,amou,por dias,meses e continua amando.